Quem foi que disse que o Orkut morreu?

Há mais ou menos um seis anos, alguns dos meus alunos da Escola Municipal Joaquim da Silva Gomes, da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, de Santa Cruz, aqui no Rio de Janeiro, viviam me perguntando: “Professor, o senhor está no Orkut?”. E eu sempre relutando obstinadamente, pois ainda não podia avaliar a importância de fazer parte daquela rede social, inclusive para dispor de uma ferramenta com possibilidade de uso em benefício da educação. Somente após aderir ao Facebook e ao Twitter, no início de 2010, é que resolvi também abrir uma conta no Orkut. Por esses dias recebi um e-mail no qual havia uma foto de lápide mortuária com a designação “ORKUT”, passando a idéia simbólica da morte e “sepultamento” daquela rede social. Grande equívoco! A "lápide" do Orkut foi copiada de www.flickr.com/photos/renattavasconcelosoficial/5468332706/ Pelo menos no Brasil, o Orkut continua despontando na liderança, como a rede social de maior popularidade, segundo “Diagrama A Notícia em Perspectiva”, Primeiro Plano, publicado na Revista ÉPOCA de 28 de março de 2011, páginas 30 e 31. O Diagrama da ÉPOCA mostra as redes sociais mais populares em cada país, o perfil das redes no Brasil, com destaque para a força da juventude, além de mostrar gráficos com dados recentes sobre visitantes nas redes mais populares no mundo, em janeiro de 2011. Para nós que estamos empenhados em propagar a plataforma do Rioeduca. net, da maior rede de educação municipal da América Latina (da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro), os números de adesão e acessos ao Orkut não podem ser desprezados. Considerando que o alcance do Orkut no Brasil chega a 74% das três principais redes sociais (Orkut, Facebook e Twitter), e que o Orkut é mais popular entre os adolescentes, suponho que também deveríamos seguir o exemplo do Google para atrair, seduzir e cativar os usuários daquela rede social tão abrangente, democrática e popular. Outro dado apontado no Diagrama da Revista ÉPOCA que merece reflexão, diz respeito à presença das mulheres nas redes sociais. Os gráficos mostram que elas estão bem mais atuantes do que os homens, no Orkut, enquanto a população masculina lidera no Facebook, no Twitter e no Linkedin. Tudo isso no caso do Brasil, pois quando passamos a observar o gráfico das redes sociais mais populares no mundo, verificamos que o Facebook e o Twitter estão bem à frente do Orkut, que aparece em terceira posição no ranking global. No Linkedin, rede que, no Brasil, não chega a ser tão popular quanto o Orkut, Facebook e Twitter, o principal ponto de destaque diz respeito ao usuário com nível superior completo, enquanto o Orkut, ainda segundo a Revista ÉPOCA, é dominado por pessoas sem diplomas. Com relação ao Twitter, que no cômputo de acessos em janeiro de 2011, aparece na terceira posição com 12%, abaixo do Facebook, com 26% e do Orkut, com 74%, é preciso também destacar que o acesso masculino é bem superior ao número de mulheres, com 68% contra 32%, com percentuais idênticos também no Facebook, só havendo variação favorável à posição feminina de 54% contra 46%, quando se trata do Orkut. Como estou escrevendo este texto direcionado principalmente aos professores da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro, gostaria de dar ênfase aos números do Orkut que é, sem contestação, a rede social mais popular entre os adolescentes. Pelo gráfico da Revista ÉPOCA, 65% dos usuários do Orkut estão na faixa etária que vai até os 17 anos, 23% na faixa intermediária e 12% acima de 35 anos. Já em relação ao Facebook, 39% estão na faixa etária até 17 anos, 37% na faixa intermediária e 24% acima de 35 anos. Tais dados precisam ser considerados por nós professores, levando em conta que muitos dos nossos alunos são usuários das redes sociais que buscam metodologias renovadoras para a sobrevivência, como é o caso do Orkut ou investem cada vez mais visando a expansão, como vem fazendo o Facebook.


Sinvaldo do Nascimento Souza
Professor Representante da 10ª CRE no Rioeduca