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quinta-feira, 17 de março de 2011
Mariza Alonso caiu de amores pelo Ginásio Experimental Carioca
Conheci a professora Mariza Alonso Ferreira Medeiros dos tempos em que ela trabalhava na Escola Municipal Professora Dione Freitas Felisberto de Carvalho, que fica ao lado da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, aqui em Santa Cruz.
Já naquela época, lá pelo início dos anos 90, eu dava aulas de História na Escola Municipal Joaquim da Silva Gomes, que também fica no mesmo terreno da 10ª CRE. Éramos como uma grande família. As diretoras Jorginéia, da E.M. Joaquim da Silva Gomes e Gilda, da E.M. Dione Freitas haviam trabalhado juntas, e o relacionamento entre os professores das duas unidades escolares alcançava os laços de fraternidade. Fizemos vários projetos e parcerias em conjunto.
A E.M. Joaquim da Silva Gomes sempre recebeu alunos vindos da E.M. Dione Freitas, e é evidente o profissionalismo dos professores alfabetizadores, porque somos contemplados com alunos que já chegam com excelente preparo intelectual, com bom domínio da leitura, da interpretação e da escrita. É claro que tudo isso tem a ver com a dedicação dos professores que dão aulas desde a Educação Infantil até o 5º ano, e aqui, para citar de memória, apresento os nomes da Ana Maria Nicolau, Méri Ângela, Janaína, Eliane Atallah, Márcia Moraes e da Mariza Alonso, embora a excelência do trabalho fosse prática indiscutível de todas as professoras, sempre orientadas pela diretora Gilda ou pela Rosinéri, que era a adjunta, havia sempre destaque entre os destaques.
A Mariza Alonso sempre assumiu um papel diferenciado frente ao seu aluno. Entre inúmeras experiências, recordo-me do belíssimo trabalho coordenado por ela, com a participação efetiva de todas as suas colegas e apoio dos pais e responsáveis, por ocasião da exposição “Dali Monumental”, realizada no Museu Nacional de Belas Artes, no centro do Rio de Janeiro.
A Escola Municipal Dione de Freitas, sob a liderança da diretora Gilda organizou visitas dos professores e alunos ao mundo surrealista de Salvador Dali. Coube a professora Mariza Alonso e outras colegas suas, desenvolver com os seus alunos um trabalho pedagógico incluindo leitura, interpretação escrita e teatral, pesquisa biográfica, levantamento de informações históricas, até a realização de uma exposição na escola, que fez sucesso e se tornou evento itinerante, chegando aos pátios e salas da E.M. Joaquim da Silva Gomes.
O tempo passa e a educação se movimenta. Após marcante passagem pela Escola Municipal Coronel Berthier, localizada na Base Aérea de Santa Cruz, eis que reencontro a professora Mariza Alonso como coordenadora pedagógica do GINÁSIO EXPERIMENTAL CARIOCA da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, que está em efervescente funcionamento no prédio da Escola Municipal Princesa Isabel, na Rua das Palmeiras Imperiais.
Converso com ela sobre o GINÁSIO CARIOCA, a nova metodologia proposta pela Secretaria Municipal do Rio de Janeiro que tem como objetivo dar mais um passo para o salto de qualidade na Educação da cidade, melhorando o desempenho escolar e combatendo a defasagem idade-série nos alunos do segundo segmento do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano).
A professora Mariza Alonso vai explicando tudo detalhadamente e se empolgando com o seu próprio discurso que provoca a boa interlocução. Cita números, mostra documentos, fala sobre projetos, planos e planejamento e discorre sobre os três eixos que fundamentam o GINÁSIO EXPERIMENTAL CARIOCA: excelência acadêmica, apoio ao projeto de vida do aluno e educação para valores.
Conversamos também sobre os alunos, suas origens, seus interesses, suas aptidões, e a possibilidade do protagonismo juvenil em busca da própria autonomia dos adolescentes.
A coordenadora pedagógica do GINÁSIO EXPERIMENTAL CARIOCA de Santa Cruz também se empolga quando fala a respeito do compromisso dos professores. Cita nomes de colegas que refizeram suas vidas acreditando na possibilidade de qualificação na educação a partir da nova metodologia, que conta com uso das novas tecnologias e de materiais didáticos estruturados por apostilas de conteúdo e exercícios, que estão sendo desenvolvidas pelos professores da rede municipal.
Mariza dá ênfase à Educopédia, que é uma plataforma de aulas digitais de cada disciplina, com material de suporte aos professores, planos de aula, jogos pedagógicos e vídeos.
Resolvemos então, com as professoras Mariza Alonso e Márcia Merola Junger, supervisora da Gerência de Educação da 10ª CRE, que faz o acompanhamento nesta fase inicial do GINÁSIO EXPERIMENTAL, percorrer as dependências da Escola Princesa Isabel para conhecer um pouco da realidade do trabalho.
Vamos caminhando e Mariza vai falando sobre a “pedagogia da presença”, e os alunos que estão de passagem pelas rampas da Escola Princesa Isabel, vão cumprimentando a coordenadora pedagógica, puxando conversa, trocando abraços e beijos, fazendo comentários e ratificando na prática, o quanto é importante o aspecto afetivo que faz do educador um ser transformador.
A coordenadora pedagógica, além de simpática, paciente e atenciosa, é também uma guia perfeita. Vai mostrando os murais, falando sobre os cartazes convidando os alunos a se inscreverem nas diversas oficinas oferecidas, fazendo comentários sobre as futuras instalações das salas ambientadas, dos novos banheiros, do mobiliário mais adequado aos adolescentes e da possibilidade, já posta em prática, de parceria com o Centro Cultural Dr. Antonio Nicolau Jorge, com a Biblioteca Popular Joaquim Nabuco e com a Vila Olímpica Oscar Schmidt, que também favorecem o funcionamento do GINÁSIO EXPERIMENTAL CARIOCA como centro de difusão das inovações em educação.
Mostrando um recorte de jornal com a manchete: “Alunos caem de amores pelo Ginásio Carioca”, da sua alentada coleção de documentos sobre o novo projeto, a coordenadora pedagógica Mariza Alonso Ferreira Medeiros, na verdade, mostrou-se, ela própria, uma professora vivamente apaixonada pela inovadora metodologia implantada desde agosto de 2010, pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Mariza Alonso também caiu de amores pelo Ginásio Carioca!
Sinvaldo do Nascimento Souza, professor representando do Rioeduca na 10ª CRE
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O Sinvaldo me mata de saudades da 10ª CRE, quando vejo as ações dos meus queridos colegas de lá....
ResponderExcluirComo não cair de amores !!! impossivel!!!
Mais uma prova de que quando queremos podemos fazer a diferença...
Bjs
Olá, Claudinha! Que comentário animador! Adorei! Você tem razão quando fala das ações e das realizações dos professores da 10ª CRE. A cada escola que tenho visitado neste meu trabalho junto ao RIOEDUCA, redescubro o quanto os nossos colegas se empenham para fazer e marcar a diferença na educação de qualidade. Bjs
ResponderExcluirHoje recebi esse texto e foi muita emoção.Li e reli.Que saudades!!!!Era muita dedicacao ,compromisso de fazer o melhor pelis nossos alunos.Grupo de profissionais que ficaram na memória de todos que por ali passaram.
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