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Até o dia 30 de abril (sábado), os professores das escolas públicas municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro poderão votar na 2ª indicação de 2011, para a Biblioteca do Professor, que integra o programa “Rio, uma Cidade de Leitores”.As opções são excelentes, como das vezes anteriores. No caso da literatura brasileira, são apresentados os nomes de João Guimarães Rosa, com “Grande sertão: veredas”; Darcy Ribeiro, com “Testemunho”; João Gilberto Noll, com “Canoas e marolas – “Preguiça”; João Ubaldo Ribeiro, com “Viva o povo brasileiro” e João do Rio, com “Melhores crônicas”, tendo como organizadores Edmundo Bouças e Fred Góes, em edição da Editora Global.
Votei no João do Rio, e se o livro com as suas melhores crônicas for o escolhido, será também uma homenagem que a Secretaria Municipal de Educação estará prestando ao escritor em comemoração aos 130 anos do seu nascimento, no dia 5 de agosto.
João do Rio foi o pseudônimo literário usado pelo escritor João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Barreto, que trabalhou como jornalista, cronista, tradutor e teatrólogo brasileiro.
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A escritora Helena Parente Cunha chama a atenção para um dos livros mais conhecidos de João do Rio, “A alma encantadora das ruas”, que, segundo ela, “leva o autor a afirmar a existência da alma das ruas, na esperança de que sua psicologia seja compreendida, seu mistério ouvido.”
Outro livro de autoria de João Paulo Barreto, que fez bastante sucesso, e foi publicado a partir de uma série de reportagens jornalísticas, tem o título de “As religiões do Rio”, obra que desperta o interesse dos leitores pelo seu caráter de jornalismo investigativo, além de análises de cunho antropológico e sociológico.
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O dramaturgo, jornalista e escritor Aguinaldo da Silva, que é um dos maiores novelistas da televisão brasileira, escrevendo no seu blog sobre João do Rio, em 2 de fevereiro de 2011, (A alma encantadora do carioca João do Rio), começa dizendo: “Pedimos licença pra falar sobre um dos 100 Maiores Brasileiros de Sempre, segundo a nossa lista… Ninguém menos que João Paulo Barreto, o João do Rio, uma das figuras mais emblemáticas do primeiro terço do século XX na vida carioca, o jornalista, escritor e dramaturgo, além de flaneur que desvendou – e interpretou – os segredos da alma encantadora das ruas desta cidade.”
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Aguinaldo, que aparece na foto fazendo a leitura do livro “JOÃO DO RIO - vida, paixão e obra”, de autoria de João Carlos Rodrigues, publicado pela editora Civilização Brasileira em 2010, afirma que é “a melhor biografia já feita desse carioca exemplar cuja genialidade não cessa de ser redescoberta”.
Estou propondo aos colegas professores que votem em “João do Rio – coleção Melhores Crônicas”, nesta segunda escolha proposta pela Secretaria Municipal de Educação para a Biblioteca do Professor.
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Votem e também redescubram, a partir da antologia de crônicas, a personalidade inquieta daquele carioca que foi determinante na tentativa de alçar a crônica à categoria de gênero literário e, ao mesmo tempo, de história social, a partir da contínua mudança dos costumes, conforme consta do texto de apresentação da resenha.
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Há uma pequena rua no bairro de Botafogo que presta homenagem ao escritor João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Barreto,o João do Rio.
Sinvaldo do Nascimento Souza
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