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sábado, 7 de maio de 2011

Até o Barão persignou-se aos Jesuítas


Professores do CIEP Barão de Itararé, da 10ª Coordenadoria Regional de Educação da SME/RIO, em um dos arcos da Ponte dos Jesuítas,por ocasião da visita realizada no dia 13 de abril de 2011.




Aparício Torelly ou Aparício Aporelly, conhecido como Barão de Itararé. Caricatura.




Não é que o Barão de Itararé voltou a rever os inacianos de sotaina negra, para a releitura do dístico latino baseado nos hexâmetros datílicos, inspirados em Virgílio e Ovídio?
Aparício Torelly, o futuro Barão de Itararé, quando menino em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, estudou com os padres da Companhia de Jesus, os chamados inacianos, ou jesuítas, ordem religiosa fundada por Santo Inácio de Loyola em 1534, que foi reconhecida por Bula Papal em 1540.
Torelly chegou a se autoproclamar duque, que é o mais elevado título de nobreza, abaixo apenas de príncipe, mas logo em seguida resolveu declinar de tão pomposo título e ficou conhecido como Barão de Itararé, em alusão à Batalha de Itararé, que nunca houve, assim como também nunca existiu nenhum título nobiliárquico de duque ou barão de Itararé.
Caricatura do Barão de Itararé



Torelly ou Aporelly, que foi outro pseudônimo usado pelo Barão de Itararé, era um grande gozador.
De espírito crítico e trocista, Aparício fazia comentários e observações de forma divertida, espirituosa e irônica, desde os treze anos, quando escreveu no jornalzinho “Capim Seco”, fazendo troça da disciplina dos padres jesuítas, no colégio onde estudava.
Ponte dos Jesuítas, parte central com o dístico latino.
Se o nome de Aparício Torelly nunca esteve relacionado no Arquivo da Nobiliarquia Brasileira, é fato que existe um CIEP cujo Patrono é o BARÃO DE ITARARÉ.
Foi esse Barão de Itararé, representado por 45 professores, que no dia 13 de abril de 2011, esteve revisitando o sítio histórico dos Jesuítas.
Professoras Angela Porcino, diretora adjunta, Claudy, diretora e Janaína, coordenadora pedagógica do CIEP Barão de Itararé, 10ª CRE, em frente ao brasão barroco com o dístico latino da Ponte dos Jesuítas.



A visita do CIEP Barão de Itararé, da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, aconteceu no dia em que as escolas estavam realizando o Centro de Estudos Integral previsto no calendário anual letivo.
Não que Aparício Torelly tenha retornado à vida para rever em Santa Cruz o dístico latino da Ponte dos Jesuítas, ou para satirizar com seu humor irreverente os seus antigos professores de sotaina negra.
Os professores do CIEP Barão de Itararé é que puderam revisitar a ponte-comporta, construída no século XVIII, e tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, em 1938.

Professores do CIEP Barão de Itararé, da 10ª CRE, Santa Cruz, em visita à histórica Ponte dos Jesuítas, 13 de abril de 2011.

Persignando-se diante do brasão em estilo barroco, lavrado em granito com as inscrições I.H. S (Jesus dos Homens Salvador) e a data de 1752, os professores de Santa Cruz, refizeram o mesmo percurso dos inacianos quando pretendiam articular o mecanismo hidráulico que iria irrigar a lavoura, distribuir água pelos campos de pastagem, promover o esgotamento das águas excedentes, e represar nos longos períodos de estiagem.


Professores do CIEP Barão de Itararé, da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, SME/RIO, Santa Cruz, na parte central do passadiço da Ponte dos Jesuítas, em visita realizada no dia 13 de abril de 2011, durante Centro de Estudos Integral.

Aparício Torelly provavelmente também faria caçoada a respeito das lendas de tesouros escondidos, e de um longo túnel para a fuga dos jesuítas, em pleno século XVIII.
Sem tuneis, sem títulos nobiliárquicos e sem a presença humorística de Aparício Torelly, os professores do CIEP Barão de Itararé conheceram a obra que foi responsável pelo sustento econômico de toda a região de Santa Cruz durante mais de um século.

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